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O homem cortês está certo de que o seu coração não será jamais uma ilha solitária. Francis Bacon

Cortês:Que tem ou denota cortesia; amável, delicado, gentil.

Amável:
De trato ameno; agradável.
Delicado:
Sensível, sutil.
Gentil:
Gracioso, delicado.
Civilidade:
Conjunto de formalidades observadas pelos cidadãos entre si em sinal de respeito mútuo e consideração.

Razões não faltam para se praticar a cortesia no cotidiano.

Prof. Mauro

terça-feira, 12 de março de 2013

Texto o Urso da Meia Lua_ Clarissa Pinkola Estés


O urso da meia lua - Clarissa Pinkola Estés



    Numa linda floresta de pinheiros, morava uma camponesa com seu marido. Um dia seu marido precisou ir para a guerra, onde lutou por muitos anos. Quando afinal foi liberado, voltou para casa com o pior dos humores. Recusou – se a entrar em casa porque havia acostumado a dormir nas pedras.
     Ao tomar conhecimento das voltas de seu marido a jovem mulher, ficou muito feliz, porque o amava muito. Fez compras, preparou pratos saborosos, tigelas e tigelas de queijo branco de sopa, peixes, algas, arroz salpicado de camarões frios, grandes, alaranjados.
    Com um tímido sorriso levou os alimentos até o bosque e ajoelhando – se ao lado do marido esgotado pela guerra ofereceu – lhe a refeição que havia preparado. Ele se pôs em pé e chutou as travessas de modo que o queijo de soja caiu, os peixes saltaram no ar, as algas e o arroz caíram na terra e os grandes camarões alaranjados rolaram pelo caminho abaixo.
    Desesperada foi procurar a gruta da curandeira que morava fora da aldeia.
    Meu marido foi para a guerra e está com grave problema, preciso que a senhora me ajude, fazendo uma poção mágica para ele voltar a ser gentil e carinhoso comigo.
    Para poder ajuda – lá vou precisar que a senhora suba a montanha, encontre o urso negro e me traga um único pelo branco da meia - lua que ele tem no pescoço.
    Outra mulher havia desistido, mas ela não, pois era forte e amava seu marido.
    Preparou uma cesta de alimentos e subiu a montanha à procura do urso, lutou muito para vencer as dificuldades da subida à montanha, mas não desistiu, pois era uma mulher que amava.
    Ao chegar lá no alto abrigou – se numa caverna rasa e mal conseguiu lugar para seu corpo inteiro.
    Ao amanhecer, saiu da caverna e foi procurar o urso, mas não precisou procurar muito, pois viu suas pegadas na neve.
    Encontrando – o, começou a colocar alimento todos os dias na abertura da caverna onde o urso costumava dormir, e assim, o urso sentia cheiro de comida saia da toca rugindo tão alto que pequenas pedras deslocaram – se de seu lugar, também sentia cheiro de gente, mas comia a comida e voltava para a toca.
    Pacienciosamente a mulher alimentou o urso durante várias noites, até que sentiu coragem para ficar perto da toca. Pôs a comida na tigela e ficou perto da toca junto à abertura. Quando o urso saiu e viu um par de pequenos pés humanos ao lado da comida virou a cabeça de lado e rugiu tão alto que fez os ossos do corpo da mulher zumbirem.
    Ela tremeu, mas não recuou. Apavorada a mulher falou: __ Querido urso, por favor, vim toda essa distância em busca, de cura para o meu marido e alimentei – o todas as noites, será que eu poderia ficar com um pêlo branco da sua meia lua do seu pescoço? O urso parou, pensou e ficou com pena da mulher. É verdade disse o urso da meia lua, você foi boa para mim, pode ficar com um dos meus pêlos, mas arranque – o rápido vá embora e volte para sua gente. O urso ergueu seu enorme focinho para que aparecesse a meia – lua branca do seu pescoço, e a mulher viu até a forte pulsação do seu coração. Pôs uma das mãos no pescoço do urso, e com a outra segurou no pescoço do urso, e com a outra segurou um único pêlo branco e lustroso. Arrancou – o rapidamente, agradeceu o urso, e saiu correndo. Tropeçou, rolou montanha abaixo até chegar na cabana da curandeira, onde sentada, estava cuidando do fogo.
    Olhe! Olhe! Consegui, encontrei, conquistei um pelo branco do urso, gritou a jovem mulher.
    A curandeira observou a mulher, pegou o pêlo de um branco puríssimo e segurou perto da luz. De repente, ela se voltou e lançou o pêlo no fogo, onde estalou, pipocou e se consumiu numa bela chama laranja.
    - Não, gritou a mulher __ O que a senhora fez.
    - Fique calma. Está tudo bem, tudo certo, disse a curandeira.
    - Você se lembra de cada passo que deu para escalar a montanha? Você se lembra de cada passo que deu para conquistar a confiança do urso da meia – lua. Você se lembra do que viu, do que ouviu e do que sentiu?
    - Lembro – me disse a mulher.
    - Então, minha filha __ disse a velha curandeira, com um sorriso meigo – volte para casa com seus novos conhecimentos e proceda da mesma forma com seu marido. Conquiste tudo aquilo que desejar!

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